Balanço da ABF mostra avanço de 8% nas receitas do franchising em 2017

1 de março de 20187 de março de 2018 Redação Franquia Press Balanço ABF 2017, Faturamento das franquias

O balanço do setor de franquias mostra que o faturamento cresceu 8% no ano passado em relação a 2016. As 2.845 marcas que atuam no País, tiveram receitas de R$ 163,3 bilhões, contra R$ 151,3 bilhões no ano anterior. O ano passado encerrou com 146.134 unidades franqueadas, que empregaram quase 1,2 milhão de pessoas. Os segmentos que mais cresceram em 2017 foram Saúde, Beleza e Bem-estar, Hotelaria e Turismo e Serviços e Outros Negócios.

Os números são da Pesquisa de Desempenho realizada anualmente pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Segundo o presidente da entidade, Altino Cristofoletti Junior, o desempenho positivo do setor reflete os fundamentos do próprio franchising. “Foco em gestão, treinamento e em inovação refletiram em bons resultados para o franchising como um todo”, afirma.

O presidente da ABF diz que 2017 foi um ano de recuperação do setor, mesmo que lenta e gradativa. “A tendência é que o franchising, dinâmico e estruturado como é, cresça mais em 2018, dado o reaquecimento da economia brasileira”, sustenta Cristofoletti.

Crescimento do consumo

De acordo com análise da ABF, além da melhora de vários indicadores macroeconômicos, a queda de juros, a inflação baixa, a leve redução da taxa de desemprego e a queda dos custos dos alimentos acabaram impactando positivamente a renda real dos consumidores. “Com isso, o consumo se reaqueceu, o que se refletiu no franchising de forma geral, com mais ênfase nos segmentos ligados ao consumo.”

A ABF ressalta o balanço mostra que o faturamento de todos os segmentos cresceu em 2017. Saúde, Beleza e Bem-Estar encabeça a lista, crescendo 12,1%. O aumento da longevidade da população, a crescente preocupação com saúde e bem-estar e o aquecimento do mercado de clínicas populares são alguns dos principais fatores do bom desempenho desses segmentos.

Na segunda posição, o faturamento de Hotelaria e Turismo, teve alta de 9,7%. Entre os fatores desse avanço, a entidade aponta que a maior participação das redes no e-commerce e o incremento das unidades home-based levaram as redes deste ramo a atingir mais diretamente seu público consumidor.

Com avanço de 9,2% no faturamento, Serviços e Outros Negócios ficaram na terceira colocação no balanço da ABF. O fato de se tratar de um segmento com muitos nichos, com negócios que atendem o público B2B (empresa para empresa) e o incremento de serviços administrativos, como contabilidade, favoreceram o desempenho positivo no ano passado.

Casa e Construção, que teve alta de 8,0%, foi impulsionado pelo aumento da demanda por serviços de reforma, reparo e manutenção, afirma a ABF. Segundo a entidade, em grande parte, o desempenho do segmento foi impulsionado pela liberação dos recursos do FGTS inativo.

Em quinto lugar, com faturamento 7,8% maior em relação ao ano anterior, Comunicação, Informática e Eletrônicos. Mesmo que num ritmo menor, a demanda por produtos e serviços desse segmento manteve-se aquecida, especialmente na área de marketing digital e meios de pagamento. A gerente de Inteligência de mercado da ABF, Vanessa Bretas, observa que, no ano passado, o franchising enfrentou a crise com aumento da eficiência das operações, lançamento de novos formatos, intensa troca de informações entre franqueadores e franqueados, dentre outras ações. “Isso contribuiu decisivamente para que o franchising mantivesse sua trajetória de crescimento, agora de forma mais disseminada dentro dos segmentos”, destaca.

Internacionalização

O balanço da ABF também mostrou que o mercado externo é cada vez mais atraente para as franquias brasileiras. As redes nacionais continuam avançando rumo à internacionalização. No ano passado, a presença das marcas brasileiras em outros países aumentou de 80 para 100 nações. No período, 142 redes de franquias nacionais atuavam no exterior; 129 possuíam operações físicas em outros países e 18 redes exportavam ou distribuíam produtos em mercados estrangeiros.

Os Estados Unidos é o país com maior número de operações físicas de marcas brasileiras (46), seguido do Paraguai e de Portugal, cada um com 34 operações. Entre os segmentos mais internacionalizados, Moda lidera, com participação no exterior de 25,4%. Saúde, Beleza e Bem-Estar vem em segundo lugar, com 16,9% e Alimentação em terceiro, com 15,5%.