Mulheres no franchising: confira os desafios e soluções
Neste Dia Internacional das Mulheres, convidamos cinco empreendedoras do franchising para exporem os principais desafios e à frente da gestão das empresas. Afinal de contas, as mulheres já são maioria nas redes franqueadoras, segundo estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
De acordo com o levantamento da ABF, a participação das mulheres no franchising passou de 46% para 57%, alta de 11 pontos percentuais na amostra, entre 2015 e 2024. O levantamento indica ainda avanço da presença feminina nos cargos de liderança das empresas franqueadoras, de 19% para 29% no mesmo período analisado.
Veja o que pensam as Mulheres à frente de Negócios do Franchising
Andrea Kohlrausch – presidente da Calçados Bibi
“Para dar conta dos deveres de ser presidente de uma empresa com mais de 1.100 colaboradores e uma rede de franquias com mais de 150 lojas no Brasil e na América Latina, tive que desenvolver uma rede de apoio e, ao longo do tempo, aprendi a descentralizar algumas tarefas. Com dois filhos, foi necessário administrar a agenda deles à distância, devido aos compromissos profissionais e, dessa forma, otimizar meu tempo de forma mais eficiente.”
Bruna Vasconi – sócia-fundadora do Peça Rara Brechó
“Dentre os principais desafios de ser mulher, mãe de 4 filhos, esposa e empresária no comando de uma grande operação é a gestão de tempo. Em alguns momentos, você é cobrada e questionada. Por outro lado, vem a satisfação de manter uma cultura sólida e o acompanhamento constante para manter a consistência que a marca requer, com tantas unidades espalhadas pelo país, diferentes franqueados/ gestores e as peculiaridades regionais.”
Luciana Melo – CEO e fundadora do Café Cultura
“Vejo que mulheres líderes costumam equilibrar resultado e propósito, criando ambientes mais inclusivos e times mais engajados. No Café Cultura, essa visão tem sido fundamental para a expansão da marca, pois a liderança baseada em valores, inovação e relacionamento tem sido um diferencial competitivo. Quanto mais mulheres ocupam posições estratégicas, mais abrimos caminho para que novas gerações tenham exemplos concretos de que é possível liderar e transformar mercados.”
Renata Morais- sócia-administradora da Rockfeller Language
Para ela, liderar é como trilhar uma montanha: exige preparo, equilíbrio e a consciência de que nunca se caminha sozinha. Inspirada pelo montanhismo e pelo yoga, Renata aprendeu a dosar firmeza e sensibilidade, encarando os obstáculos do mundo corporativo com leveza e determinação. Sua jornada mostrou que o verdadeiro desafio não é eliminar as dificuldades, mas desenvolver a percepção e o autoconhecimento para enfrentá-las com inteligência emocional.
Simone Galante – fundadora e CEO da Galunion Consultoria de Foodservice
“É um mercado dinâmico, de forte presença masculina em cargos estratégicos e que exige tomada de decisão rápida, gestão de múltiplos processos e conexão profunda com pessoas. Inspirada no conceito do Liderança Shakti, percebi que unir a energia do fazer com a escuta ativa gera um impacto mais duradouro. A solução foi trabalhar a autopercepção para encontrar esse equilíbrio, criando ambientes onde eficiência e humanidade coexistem.”
