Mentoria ajuda franqueada a resolver problemas de gestão

Mentoria de especialistas pode ser opção para franqueados encontrarem soluções para problemas de gestão. Em meados deste ano, Giselle Boaventura, franqueada da rede de escolas de idiomas The Kids Club, estava com dificuldade de reter talentos. Por meio de mentoria de especialistas do Grupo de Excelência em Franquia (GEF), do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), conseguiu achar alguns caminhos para solucionar seus problemas.

Mentoria ajuda franqueada
Gisele: franqueada da The Kids Club

Em algumas sessões de mentoria, os profissionais do GEF ouviriam o problema relacionado à gestão do negócio. A partir daí, propuseram medidas para que a própria franqueada montasse um plano de ação que, aos poucos,  solucionasse a questão.

O coordenador do GEF, Sidney Vitorino, conta que as inscrições para a primeira mentoria do grupo foram abertas a quem quisesse participar. “E o caso de Gisele foi escolhido por ter características que permitiriam a atuação dos mentores no prazo determinado da mentoria e na sistemática proposta em seus critérios”, diz.

De acordo com Raquel Castro, coach, membro do GEF e madrinha da mentorada neste projeto, o objetivo da mentoria foi fazer a franqueada enxergar a situação-problema e apresentá-la ao grupo de mentores. Após a intervenção dos especialistas, passar a encará-lo de outra maneira, com a finalidade de solucioná-lo “Em quatro sessões, realizamos ações com a mentorada que pudessem conduzi-la a realizar um plano de ação dentro de suas condições técnicas, financeiras e estruturais”, afirma.

Raquel conta que a própria franqueada aproveitou as ideias e ensinamentos para desenhar seu próprio planejamento. “Não entregamos nada pronto a ela”, destaca a coach. Segundo Raquel, a mentorada parou para pensar em seu negócio e na melhor solução para aquele problema.

Sessões de Mentoria

Em 2015 e 2016, Giselle conta que teve muitos problemas com a troca de professores na escola. Como o público-alvo da franquia são crianças de dois a doze anos, que demoram para adaptar-se ao professor, trocas constantes geravam reclamações dos pais e comprometia a credibilidade, além de gerar custo com treinamentos. “Eu não sabia mais o que fazer e, em 2017, o problema persistia”, lembra a franqueada.

Na primeira sessão da mentoria, Giselle apresentou o caso e apenas ouviu ideias dos mentores. Ela também não podia rebater as ideias, para não bloquear o processo criativo. “Neste processo, é importante deixar os mentores livres para opinar, porque é daí que surgem boas ideias”, diz Raquel.  Se a mentorada expuser limitadores, como a falta de recursos ou tempo, os mentores podem ficar intimidados a opinar.”

Giselle preparou-se para apresentar, na segunda sessão, uma avaliação das ideias apresentadas, já com as suas próprias ideias desenvolvidas. “A intenção não é a de fazer o mentorado seguir exatamente o que lhe é passado, mas, conseguir que ele reflita sobre o assunto e possa traçar um plano de ação”, explica Raquel.

A partir da terceira sessão, a mentorada tem um momento de reflexão com seu padrinho ou madrinha. Giselle reuniu-se com Raquel e aplicou o 5W2H, ferramenta que permite criar uma metodologia para plano de ação.

Na quarta sessão, a franqueada apresentou aos mentores seu plano de ação. Decidiu criar um perfil comportamental para a contratação de professores, para reduzir erros nessa etapa. Também decidiu realizar reuniões pedagógicas temáticas e premiações por tempo de casa. “A ideia é valorizar quem se mantém conosco”, diz Giselle.

Mais informações: http://crasp.gov.br/wp/franquias/