Crise favorece franquias voltadas para o lar, aponta consultor

Com a economia em baixa e o desemprego em alta, aumenta a busca por franquias. Mas quais mercados têm mais chances de sucesso, e quais oferecem mais riscos? O especialista em Marcus Rizzo, da Rizzo Franchise, dá algumas dicas para quem está interessado em investir.

Marcus Rizzo1

Marcus Rizzo (foto: divulgação)

Em tempos de crise, Rizzo aponta os setores de Delivery, Home Service e Home Care entre aqueles que ainda devem ser promissores ao longo deste ano. E ele explica por quê.

Delivery – trânsito caótico nas grandes cidades, insegurança e redução dos gastos das famílias devem contribuir para o aumento do consumo em casa, especialmente de alimentação, como pizza e outros produtos;

Home Service – alto custo dos encargos sociais e o risco de ações trabalhistas devem incentivar os negócios que oferecem serviços de limpeza e conservação e, em especial, serviços de domésticos em domicílio;

Home Care – hospitais caros e planos de saúde que não atendem adequadamente os seus clientes devem fazer com que a população vá optar por atendimento domiciliar, principalmente no caso de idosos e doentes crônicos.

O especialista ressalta ainda que o atual momento econômico deve afetar as franquias que requerem investimento inicial muito alto. Segundo Rizzo, segmentos com esse perfil deverão perder espaço no mercado e passar por dificuldades neste ano. Entre os exemplos, Rizzo cita Hotelaria, Automotivo (revenda de veículos), Vestuário (moda) e Alimentação (fast food).

O especialista observa, no entanto, que algumas franquias que necessitam de desembolsos iniciais muito elevados têm encontrado alternativas para financiar seus franqueados. Segundo Rizzo, Dídio Pizza e Ortodontic Center, por exemplo, conseguiram reduzir drasticamente o investimento inicial do franqueado com capital de investidores para a instalação dos negócios.

De acordo com Rizzo, as franquias que exigem menor investimento continuarão na mira dos interessados. “Mas, nos tempos atuais, nem sempre os negócios considerados baratos são seguros”, adverte.